domingo, 4 de outubro de 2009

Meu primeiro amor.

Coração apertado no peito.
Um nó na garganta que quase sufoca...

Ah...os meus 18 anos. Saudades daqueles tempos.
E saudades dos olhos que me olharam com o carinho mais puro que eu pude perceber.
Éramos exatamente iguais. As mesmas manias, o gosto musical. O meu pai nunca havia sido meu, e o seu, foi levado também, muito cedo, antes de ver o homem lindo que você se tornou. E não estou falando da beleza do seus olhos, falo da beleza do seu olhar.
Alma de criança, nós dois, sorriso sempre estampado no rosto. Sempre uma piada pronta. Sempre uma brincadeira pra fazer alguém sorrir.
O destino é engraçado demais, quando eu vi você pela primeira vez, "ô tipinho enjoado", pensei. Mal sabia que aquela primeira impressão iria embora na primeira troca de palavras, na primeira vez que você elogiou o meu cabelo. E pediu que eu nunca cortasse ele curto, que ele era lindo, que tinha um cheiro maravilhoso.
O sexo eu ja conhecia, mas foi com você que eu fiz amor pela primeira vez. O gosto do seu beijo, e o cheiro do seu perfume, eu consigo lembrar, sempre.
...

Fui eu quem te expulsei da minha vida. Eu que fiz tudo errado. Eu que não soube retribuir o que você tinha pra me entregar. Mas eu te amei, tanto, que hoje o arrependimento dói.

E o medo de não conseguir de novo...

"Adoro os teus cabelos
Adoro a tua voz
Adoro teu estilo
Adoro tua paz de espírito"
Leila, Renato Russo


Eu agora uso o cabelo bem curtinho, se quer saber.

9 comentários:

.Intense. disse...

Gosto dessa história - tenho uma vaga lembrança de que vc já me contou uma vez, mas não me lembro. Sei que, qdo vc fala, entendo bem oq vc quer dizer qdo diz q acha que eu Gold somos aquele tipo de amor que só temos um na vida...(qtas vezes já escutei isso de vc?)



Agora, por não lembrar, fiquei ainda mais curiosa...sobre oq vc fez, e sobre o pq. E, a pergunta fica: cortar o cabelo curtinho, hj, não é tb um modo de 'afastar' - nem que seja a lembrança...- ?

;*

graziela disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
graziela disse...

Tive um amor quase assim. Daqueles que o tempo passa, a vida continua, mas o que sentimos continua perturbando. Aí, provurei-o e tive certeza: ninguém nesse mundo me completará assim.

Estamos juntos, temos uma filha e eu tenho um filho de outro casamento que chama ele de pai.

vá atrás, mulher!
Procure saber o que aconteceria!

Ana Yasha disse...

Eu já tinha lido esse texto aqui desde que postou, mas você falou tanto por mim que eu acabei sem voz.

O destino também foi muito engraçado comigo. Seria até cômico, se ainda não fosse trágico.
E até hoje eu almejo esse amor que eu 'expulsei', mesmo que indiretamente, da minha vida. Ainda resta uma esperança acesa como vela, uma luz no fim do túnel - que não é um trem na contramão-, de que ele vença o orgulho (ou sei lá o que) e possa vir mais perto. Eu almejo porque nunca tive tanta certeza de uma eternidade, por mais realista que eu seja.

:*

Lunna disse...

Sua história se confunde com a história da minha personagem atual, ela tem um amor desses que o tempo não consome e então um dia ela resolve ir ao encontro dele... Beijos

[ rod ] ® disse...

o amor que se vai pelo nossos braços... pela nossa força... dói demais quando caímos na razão do todo... bjs moça.

Carol Rodrigues disse...

Acho que todo mundo tem uma história meio assim! ='/

Lawrence Tayller disse...

Relembrar os grandes Amores que se foram, nos fortalece para viver outros com maior intensidade, porem nos impulsiona a te-losnovamente. Por que nao te-lo novamente. Afinal, somente vivemos um unica vez!

Abraço.
Por Lawrence Tayller

Mysterious Ways disse...

ahhh, o meu primeiro amor...

tão lindo!