sábado, 18 de junho de 2011

Sobre sensibilidade

Encarar o papel de difícil sempre fora tarefa fácil. Foi assim que passou toda sua existência, ela era A durona. Dura na queda, daquelas que não dá o braço a torcer nem para mamãe. Quando adolescente entrava em verdadeiras batalhas por conta dos famoso conflito de gerações. E nunca se deu por vencida. Quando não havia mais argumentos, se fechava, ficava dias sem dirigir o mínmo de atenção para a progenitora. Descobriu que aquela reação causava muito mais impacto do que debater, e debater debater...

Sempre tachada de insensível, coração gelado, duro como pedra. Mas não, apenas vestia sua melhor máscara, engolia a seco qualquer sentimento e seguia a vida. Coração partido, muitas vezes, pois não corria atrás, deixava as pessoas irem embora de sua vida. Eram livres, se não queriam ficar, tchau!

Tudo em nós se intensifica com a idade, muito sentimento aflora. E hoje em dia anda muito mais intolerante. Não suporta ser magoada. Mas hoje em dia não engole mais sapos, vomita de volta todo insulto que recebe.

Continua sem entregar o coração, que está la, guardadinho, muitas vezes até cansado de dormir vazio. Talvez seja bem melhor assim. Se render aos caprichos do corpo já lhe rendeu muitas cicatrizes...


*Imagem da internet

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Por Tudo Que For

"A cidade enlouquece sonhos tortos

Na verdade nada é o que parece ser

As pessoas enlouquecem calmamente

Viciosamente, sem prazer "

Ouvi Lobão a tarde toda hoje.
Um amigo meu, muito querido da época de colegial gostava demais. Eram manhãs inteiras de farra naquele tempo, hora do intervalo, e nós la escadaria, ele dedilhando violão e uma turminha em volta ouvindo e cantando junto.
Tempos bons,de doces lembranças e de uma paz que hoje não se vê por aí. Tempo de saudades...

E depois,


A luz se apagou
E eu não consigo mais ficar sozinho aqui
Sem você é tão ruim, não tem sentido, prazer
Não há nada
Por favor,
Não me interpreta mal
Eu não queria nem devia te magoar
O tempo vem, o tempo vai
Passa por mim meio assim, meio assim devagar

Vou dormir sentindo
O que a solidão pode fazer
A um ser ferido, por saber que o erro era meu (2x)
(só meu)

Já passou,

Agora já passou
Mas foi tão triste que eu não quero nem lembrar
Ver você, ter você
E querer mais de nós dois não tem nada demais

E pensar
Você aparecer
Pela janela tão bonita de manhã
Vem pra mim e não vai mais
Me abraça, me abraça, me abraça

Por tudo que for...

Ouh ouh ooouuuhhhh

terça-feira, 7 de junho de 2011

Dos meus segredos

Eu ouvi de alguém "Você anda muito intolerante". E foi de alguém que me conhece, muito bem!
Mas não é só intolerância o nome. É saco cheio também. Se você for muito bonzinho, o mundo atropela você. E as pessoas ultimamente tem testados todos os meus limites. Então, peraí. Fala pro mundo ser um razoável comigo? Eu não conheço o meio termo.
Ou eu amo você, ou te quero longe. Você está comigo pra o que der e vier ou então nem se aproxime. Posso chorar o choro mais doído ao seu lado. Posso fazer você soltar a gargalhada mais alta de tanta alegria. Vou dar o meu cobertor mais quente pra você dormir. Minha água mais gelada.

Posso estar sendo chata e intolerante. Mas, parou pra pensar que pode ser o espelho?



Todo mundo tem segredo
não conta nem pra si mesmo

Todo mundo tem receio
Do que vê diante do espelho

Eu só quero o começo
Me entedia lidar com o meio
Quero muito, tenho apego
Já não quero e só resta desprezo

Nem sempre ando entre os meus iguais
Nem sempre faço coisas legais
Me dou bem com os inocentes
Mas com os culpados me divirto mais

Todo mundo tem segredo
Que não conta nem pra si mesmo
Todo mundo tem receio
Do que vê diante do espelho

Todo mundo tem desejo
Que não divide nem com o travesseiro
Um remédio pra amargura
Ou as drogas que vêm com bula


Nem sempre ando entre os meus iguais
Nem sempre faço coisas legais
Me dou bem com os inocentes
Mas com os culpados me divirto mais



Não conheço o que existe entre o 8 e o 80 (2x)

Nem sempre ando entre os meus iguais
Nem sempre faço coisas legais
Me dou bem com os inocentes
Mas com os culpados me divirto mais (x2)

Ah... eu me divirto mais (5x)