segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Das minhas sandices...

Por definição da wikipedeia:

ANO: "Ano é, aproximadamente, o intervalo de tempo em que a Terra demora a dar uma volta completa em torno do Sol.

Definição na minha cabeça: Saudade.
É exatamnente quando o ciclo de um ano se completa, é que a senhora Saudade mais se faz presente.

Hoje, faz um ano que eu ou vi um não, e foi o não que eu mais detestei. Eu apostei fichas ali, e perdi, feio!!
Ficou só a saudade, afinal, foi uma experiência diferente de tudo o que eu havia experimentado antes. Ficou a saudade...

Amanhã, já entra no segundo ciclo, dois anos que eu vi o seu sorriso pela primeira vez. Mas hoje, acabou, não deu tempo. E eu sinto saudade, que é só o que posso sentir...




ps: eu odeio sentir o que estou sentindo hoje, odeio...

sábado, 24 de outubro de 2009

Reverência ao destino – Carlos Drummond de Andrade

Falar é completamente fácil, quando se tem palavras em mente que expressem sua opinião.
Difícil é expressar por gestos e atitudes o que realmente queremos dizer, o quanto queremos dizer, antes que a pessoa se vá.

Fácil é julgar pessoas que estão sendo expostas pelas circunstâncias.
Difícil é encontrar e refletir sobre os seus erros, ou tentar fazer diferente algo que já fez muito errado.

Fácil é ser colega, fazer companhia a alguém, dizer o que ele deseja ouvir.
Difícil é ser amigo para todas as horas e dizer sempre a verdade quando for preciso. E com confiança no que diz.

Fácil é analisar a situação alheia e poder aconselhar sobre esta situação.
Difícil é vivenciar esta situação e saber o que fazer. Ou ter coragem pra fazer.

Fácil é demonstrar raiva e impaciência quando algo o deixa irritado.
Difícil é expressar o seu amor a alguém que realmente te conhece, te respeita e te entende. E é assim que perdemos pessoas especiais.

Fácil é mentir aos quatro ventos o que tentamos camuflar.
Difícil é mentir para o nosso coração.

Fácil é ver o que queremos enxergar.
Difícil é saber que nos iludimos com o que achávamos ter visto. Admitir que nos deixamos levar, mais uma vez, isso é difícil.

Fácil é dizer “oi” ou “como vai?”
Difícil é dizer “adeus”. Principalmente quando somos culpados pela partida de alguém de nossas vidas…

Fácil é abraçar, apertar as mãos, beijar de olhos fechados.
Difícil é sentir a energia que é transmitida. Aquela que toma conta do corpo como uma corrente elétrica quando tocamos a pessoa certa. Difícil é amar completamente só. Amar de verdade, sem ter medo de viver, sem ter medo do depois. Amar e se entregar. E aprender a dar valor somente a quem te ama.

Fácil é ouvir a música que toca.
Difícil é ouvir a sua consciência. Acenando o tempo todo, mostrando nossas escolhas erradas.

Fácil é ditar regras.
Difícil é seguí-las. Ter a noção exata de nossas próprias vidas, ao invés de ter noção das vidas dos outros.

Fácil é perguntar o que deseja saber.
Difícil é estar preparado para escutar esta resposta. Ou querer entender a resposta.

Fácil é chorar ou sorrir quando der vontade.
Difícil é sorrir com vontade de chorar ou chorar de rir, de alegria.

Fácil é dar um beijo.
Difícil é entregar a alma. Sinceramente, por inteiro.

Fácil é sair com várias pessoas ao longo da vida.
Difícil é entender que pouquíssimas delas vão te aceitar como você é e te fazer feliz por inteiro.

Fácil é ocupar um lugar na caderneta telefônica.
Difícil é ocupar o coração de alguém. Saber que se é realmente amado.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Das inseguranças...

Sempre que Mariana lembra dos pais separados, acha uma desculpa para a sua insegurança. Não que ela seja insegura o tempo todo. Mas, às vezes, quando a insegurança bate, ela relembra o passado.
A irmã mais velha foi morar com o pai, ela, mais novinha, com a mãe. E sempre se perguntava o motivo da escolha do pai. "Deve ser por quê ela é mais bonita e inteligente".
E quando sua primeira nota vermelha na escola pintou o boletim, sentiu tanta vergonha que ficou meses estudando para nunca mais tirar menos do que dez! Mesmo assim, mesmo preparada tremia tanto quando chegavam as provas bimestrais que sua letra ficava péssima. Mas o boletim agora vinha até com estrelinhas de parabéns.
Uma vez um menino lindo olhou para Mariana, e piscou. Ela corou na hora. Vermelha de novo! Mas não, era não era tímida, e não, ele não poderia ter piscado pra ela, sua insegurança falou tão alto que ela não ouviu o menino pedir-lhe um beijo. E eles nunca mais se viram.

E tem sido assim, mesmo agora, depois de mulher formada. Mariana sabe de toda a sua capacidade. Mas, de vez em quando, quando é provada, fica insegura, treme, tem medo!

domingo, 4 de outubro de 2009

Meu primeiro amor.

Coração apertado no peito.
Um nó na garganta que quase sufoca...

Ah...os meus 18 anos. Saudades daqueles tempos.
E saudades dos olhos que me olharam com o carinho mais puro que eu pude perceber.
Éramos exatamente iguais. As mesmas manias, o gosto musical. O meu pai nunca havia sido meu, e o seu, foi levado também, muito cedo, antes de ver o homem lindo que você se tornou. E não estou falando da beleza do seus olhos, falo da beleza do seu olhar.
Alma de criança, nós dois, sorriso sempre estampado no rosto. Sempre uma piada pronta. Sempre uma brincadeira pra fazer alguém sorrir.
O destino é engraçado demais, quando eu vi você pela primeira vez, "ô tipinho enjoado", pensei. Mal sabia que aquela primeira impressão iria embora na primeira troca de palavras, na primeira vez que você elogiou o meu cabelo. E pediu que eu nunca cortasse ele curto, que ele era lindo, que tinha um cheiro maravilhoso.
O sexo eu ja conhecia, mas foi com você que eu fiz amor pela primeira vez. O gosto do seu beijo, e o cheiro do seu perfume, eu consigo lembrar, sempre.
...

Fui eu quem te expulsei da minha vida. Eu que fiz tudo errado. Eu que não soube retribuir o que você tinha pra me entregar. Mas eu te amei, tanto, que hoje o arrependimento dói.

E o medo de não conseguir de novo...

"Adoro os teus cabelos
Adoro a tua voz
Adoro teu estilo
Adoro tua paz de espírito"
Leila, Renato Russo


Eu agora uso o cabelo bem curtinho, se quer saber.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009